Depois da
França, o Brasil é o país que reúne a maior coleção de
peças forjadas nos ateliês do célebre Val d'Osne, berço
da fundição artística francesa, situado na Haute-Marne,
região de Champanhe. E dentre todas as cidades
brasileiras, o Rio de Janeiro é, sem discussão, o
guardião do acervo mais importante, seja por sua
densidade, seja pela variedade.
Perto de
200 peças decoram a cidade. A delicadeza, a imponência e
a beleza das chamadas Fontes d'Art estão em prédios,
parques e praças do Rio. Nossa coleção inclui desde uma
simples bica de ferro fundido, como a que existe no Alto
da Boa Vista, até o monumental Chafariz do Monroe, que
se encontra preservado na Cinelândia e leva a assinatura
do escultor Mathurin Moreau, expoente do Val d'Osne.
Verdadeira
febre na Europa do século XIX, as Fontes d'Art são o
fruto do inusitado casamento da indústria com a arte.
Nasceram de um dos mais bem sucedidos exemplos de
reconversão da principal atividade da região de
Haute-Marne, sustentada em 25 séculos de tradição no
trabalho com o ferro. A criação da "arte em série"
celebrizou grandes escultores. Além de Mathurin Moreau,
James Pradier, Auguste Martin e Alfred Jacquemart são
alguns dos artistas com obras espalhadas pelo Rio de
Janeiro.
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