As fontes
d'art francesas - estátuas, chafarizes e objetos de
decoração em ferro fundido da cidade do Rio de Janeiro -
foram importadas entre 1850 e 1900 para ornar jardins,
palácios e praças dos bairros históricos da "cidade
maravilhosa". São oriundas de um departamento da região
Champagne-Ardenne, onde a tradição metalúrgica soube
levar os conhecimentos à categoria da arte. A
Haute-Marne produzirá, com efeito, o essencial das peças
artísticas francesas em ferro fundido. No Rio de
Janeiro, as obras levam a assinatura da mais prestigiosa
fundição artística: a fundição do Val d'Osne.
Sua
descoberta progressiva será fruto da iniciativa de duas
pessoas, uma brasileira e a outra francesa, que entraram
em contato epistolar em 1992 por intermédio da
Electricité de France. Sob a bandeira de uma associação
de salvaguarda do patrimônio metalúrgico de Haute-Marne,
Jacques-Paul Cassinelli e Élisabeth Robert-Dehault
unirão a sua paixão por uma cidade e por um patrimônio e
farão aflorar uma, duas, depois dez, e em seguida um
número impressionante de peças artísticas em ferro
fundido relegadas ao anonimato de uma paisagem urbana
quase imutável.
Sensibilizada desde 1993, a cidade do Rio de Janeiro se
mostrará desejosa de formar uma parceria com a Aspm,
através da Fundação Parques e Jardins, uma entidade
fundada no século passado pelo botânico francês Glaziou.
Eulalia Junqueira passou então a fazer parte da equipe.
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